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A ORIGEM

A localidade denominada de Santa Ernestina e sua história assemelha se em sua origem e formação, à maioria das cidades brasileiras. Surge no ano de 1888, nesta região, o casal Manuel e Rachel, à procura de terras férteis, porquanto a região estava coberta de mata virgem, fechada, e os locais conhecidos naquela época eram Araraquara, Matão, Jaboticabal e Taquaritinga com o nome antigo de Ribeirãozinho, porém distantes, que abrigavam pequenas povoações, e as atividades comerciais eram incipientes e, mesmo assim, foi o lugar onde Manuel de Almeida Rollo e Rachel Umbellina de Almeida, resolvem iniciar uma cultura de café, bem como outras pequenas culturas.
 
FUNDAÇÃO DO POVOADO
Próximo a esse local, foram chegando outras famílias e o núcleo populacional foi aumentando. Com a construção da Estação da Estrada de Ferro Araraquara, em1901, famílias e pessoas interessadas nesse local, aqui firmaram residências, porquanto já contavam com excelente transporte, o ferroviário e, desta maneira, foram surgindo casas próximas à Estação Ferroviária, formando-se, também, chácaras, sítios e fazendas, principalmente de café. Assim, teve inicio a formação da VILA de SANTA ERNESTINA, cuja área foi doada pelos irmãos Teixeira.
 
CRIAÇÃO DO DISTRITO
Tendo o senhor João Lourenço Leite, recebido autorização para lotear partes da gleba, cujos benefícios permitiram que a vila, fosse elevado à categoria de DISTRITO, através do Decreto Lei Estadual nº 1441, de 14 de dezembro de 1914. Como Distrito, Santa Ernestina, pertencia parte ao município de Taquaritinga e parte ao município de Matão.
 
CRIAÇÃO E EMANCIPAÇÃO DO MUNICÍPIO
No dia 28 de novembro de 1963, realizaram-se as eleições para a criação do MUNICÍPIO através do plebiscito: SIM e NÃO. Resultado: SIM 242 votos, e NÃO 29 votos.
Em 28 de fevereiro de 1964, quando através do Decreto Lei Estadual nº 8092, o distrito de Santa Ernestina foi elevado à categoria de Município, e foi desmembrado do município de Taquaritinga. Assim, analisando-se a presença dos primeiros moradores, o município de Santa Ernestina já completou um século de existência, e nas diversas fases de seu desenvolvimento, ressalte-se, nas primeiras décadas do Século XX, a importância das variadas contribuições de seus habitantes, cujas famílias, a legislação municipal prestou justas homenagens, dando nomes às ruas, às praças e a outros logradouros, que por certo a história perpetuará para as futuras gerações Santa Ernestinenses, num preito dos mais reconhecidos e merecidos, porquanto todos participaram e contribuíram para o progresso.
 
REGISTROS DO HISTORIADOR – LINHA DO TEMPO
Quando passava por Matão, em carro-de-boi, a mudança de Manuel de Almeida Rollo com sua esposa, e um filho, Djalma, dirigiram-se para uma gleba de terra com milhares de alqueires, intitulada “Posses”. Adquiriram alguns lotes de terra, os quais foram aumentando conforme as sua posses, que os anos iam passando, perfazendo um total de 43 alqueires. As suas terras confrontavam-se com as terras do mineiro, senhor Malachias Marques da Silva, que já residia há seis meses na localidade.
Em 1900, os trilhos da Estrada de Ferro Araraquara chegaram à vila de Santa Ernestina que alcançava Taquaritinga, que nessa época chamava se São Sebastião dos Coqueiros e, depois, Ribeirãozinho.
Em 1901, o senhor Carlos Leôncio de Magalhães, fundador da Estrada de Ferro Araraquara, inaugura a Estação Santa Ernestina, cujo nome dado, é em homenagem a sua esposa Dona Ernestina, e a próxima estação à ser inaugurada,  foi a de Ribeirãozinho (hoje Taquaritinga) que ficou denominada Carlos Magalhães (não existindo mais esta estação). Havia alguns armazéns na estrada que demandava ao Sitinho, a começar pelo açougue do senhor André Passone Armazém e Loja de Manuel Puerta Loja de Antônio Marão, Armazém de Vitório Del Monte, Loja dos Irmãos Bedran e, com o correr do tempo, estes negociantes vieram a fazer casas ao pé da Estação, formando a VILA. As terras da vila pertenciam aos Irmãos Teixeira, residentes em Rincão, e o primeiro negociante que se instalou em Santa Ernestina, foi o senhor José Velozzo.
Em 1908 foi montado pelo senhor Joaquim Ferraz, um aparelho telefônico no armazém do senhor José Velozzo, que se comunicava com o município de Dobrada.
Em 1910 foi construída a primeira Capela pelos senhores: Francisco Emiliano da Silva e Irmãos, Giovanni Malgradi, Manuel de Almeida Rollo, Estevão Teixeira de Araújo e outros, além da ajuda dos moradores. Quem doou o terreno para a construção da Igreja e do cemitério foi o senhor João Lourenço Leite.
Em 1914 foi montado um pequeno Centro Telefônico com 30 aparelhos, pelo senhor Antônio Coelho Junior, empresa esta que ainda existe, agora, porém, com Centro Telefônico mais moderno.
Em 1914, foi formada a primeira Banda de Música, e seu maestro foi o senhor Antônio Amatto. Já a segunda Banda de Música, existente entre os anos de 1914 a 1926, se chamou “Euterpe de Santa Ernestina”, e o senhor Ângelo Banzi foi o seu maestro. Outras bandas musicais existiram, a do maestro Francisco Gallati, de 1927 a 1936 e a Banda Santa Cecília, formada pelo maestro João D’Alóia em outubro de 1936.
Em 1915, foi instalado o Cartório de Paz e, em uma casa particular, foi instalado o Posto Policial com uma sala de Sub Delegacia e uma sala- xadrez, que serviria para prisões até dezembro de 1966, sendo que o seu inquilino-residente removeu as grades.
Em 1918, foi instalada a luz elétrica. Em 1924 deu-se inicio à construção de uma Igreja junto à Capela já existente, e que foi terminada em maio de 1926. A Comissão Construtora abandonou o projeto, pois faltou numerário, ficando o senhor Manuel de Almeida Rollo como presidente, e terminando a obra às próprias custas. Esta mesma Igreja, foi demolida em junho de 1966 pelo Cônego Lourenço Cavallini. Depois foi construído pelo mesmo Cônego Lourenço Cavallini, e no mesmo local, uma Igreja de estilo moderno.
Em 1926, foi construído um Matadouro com concessão da prefeitura de Taquaritinga por 20 anos, ao senhor Inocêncio do Amaral.
Em 1929, foi fundado o Sport Bella Vista Futebol Club, em propriedade do Dr. Antônio Nogueira de Almeida, médico aqui residente.
Em 30 de maio de 1948, foi formada uma SOCIEDADE, no Teatro Rollo, com o nome de Grêmio Recreativo de Santa Ernestina, e seu fundador foi o senhor José Tortorello, Agente da Estação.
Em 1953, foi instalado o serviço de Àgua encanada  para o Distrito de Santa Ernestina pelo Prefeito de Taquaritinga, Ernesto Salvagni, direto da Fazenda Posses. Por ter sido abandonado o manancial daquele local, foi feito por outro prefeito de Taquaritinga, Dr. Adail Nunes da Silva, um poço semi  artesiano, com depósito para água. A instalação elétrica, transformadores, bombas, motores etc. só surgiram quando da criação do município.
No dia 29 de Janeiro de 1955, é realizada a inauguração da Bitola Larga da E.F.A. entre os municípios de Araraquara e São José do Rio Preto.
No dia 20 de Dezembro de 1955, festejou-se o 40º aniversário da instalação do Distrito de Paz e Posto Policial, com a presença das pessoas mais velhas do lugar compareceram: a Sra. Rachel Umbellina de Almeida, esposa do pioneiro Manuel de Almeida Rollo, e seu filho Djalma, que já residiam aqui desde 1892 e os senhores José Mathias Ferreira, Achilles Vetorazzo, Primo Gazzola e Família Fávaro que aqui chegaram, em Santa Ernestina, entre os anos de 1902 e 1904.
Em 1958, na Administração do Dr. Mazinho, Prefeito de Taquaritinga, foi construído um galpão que servia ao Grupo Escolar “Capitão Joel Miranda” além do Campo de Futebol.
Em 1966, no dia 21 de março é então comemorado o Primeiro Aniversário do Município.
 
ESTRADA DE FERRO – UM SONHO ANTIGO
A Companhia Estrada de Ferro Araraquarense nasceu quando o Conde do Pinhal trouxe os trilhos até Araraquara. Daqui, naturalmente, as paralelas de aço seguiam sertão adentro, integrando novas regiões ao sistema de escoamento da produção agrícola, o café. A partir daqui, a Estrada de Ferro passa a se chamar E.F.A. Ainda que em 1876, esta cidade fosse incluída num utópico traçado entre São Paulo e Mato Grosso, foi este prolongamento proporcionado pela iniciativa do Conde do Pinhal, que trouxe o trem e mudou os destinos de Araraquara.
A Estrada de Ferro Araraquara (E.F.A.)  foi inaugurada em janeiro de 1886 e cinco anos depois já atingia Taquaritinga, então denominada Ribeirãozinho. Viveu em seguida sua primeira crise. Em 1906, sempre contraindo empréstimos para saldar dívidas e continuar as obras, a E..F.A. parte rumo a São José do Rio Preto. Em 1909, a situação da Companhia era invejável, com a ponta dos trilhos em Fernando Prestes. Nesta altura, um consórcio de engenheiros adquire a quase totalidade das ações da Companhia. Só que, como novos administradores, - desbancando inclusive o fundador e primeiro presidente, Carlos Baptista Magalhães, há 27 anos no cargo – os engenheiros obtiveram novos empréstimos e utilizaram o dinheiro em outros fins. Mais outro empréstimo, novos desvios, até desembocar na falência, em março de 1914. Como agravante da situação, os engenheiros, durante tal desastrosa administração, aceitaram encampar outras companhias pequenas. A falência arrastou todas, como por exemplo,  a E.F. de Dourado.
Com a falência, passou a E.F.A. a ser explorada pelos credores. Até que em 07 de fevereiro de 1916, foi adquirida, como massa falida, pela São Paulo Railway Company – uma multinacional que só quis explorar, não investindo nada e tão pouco cuidando do patrimônio. Para piorar o momento, um misterioso francês chamado Paulo Deleuse, até hoje não se sabem como, obteve a posse da ferrovia – fato este que originou lendas e boatos, além de um exaustivo processo nos tribunais de então.  O senhor Deleuse somente comprovou a sua existência, quando se matou na prisão, tempos depois. Esta confusão proporcionou uma greve geral que durou de outubro até 31 de dezembro de 1919. Todas as dependências da E.F.A. se mantiveram em absoluta inatividade. A E.F.A. foi, por isso, declarada de utilidade pública  e encampada pelo Governo do Estado, que recuperou tudo e reinaugurou a politica expansionista.
Em 1945, atinge a cidade de Votuporanga, e estudos técnicos foram realizados para se atingir dois mil quilômetros de linha, alcançando Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e as barrancas do Paranapanema. A E.F.A. já sonhou alto, em levar às regiões centrais do país, o incentivo à produção e riqueza.
Sob a proteção do estado, a E.F.A. viveu momentos de ascensão principalmente, devido à simpatia de certos políticos como Dr. Ademar de Barros, que nas duas vezes que governou São Paulo foi generoso com a E.F.A.. A Associação Ferroviária de Esportes,  nasce neste momento, quando o estado explorava o trem, como transporte oficial. Um clube para os empregados conforme exigia a conduta trabalhista dos novos tempos. Só que o trem já estava condenado e a cidade e o clube teriam que arcar com o futuro. È esta cumplicidade de ambas.
O alto custo da manutenção e necessidade de constantes investimentos nas ferrovias  ajudaram o governo a se decidir pelo automóvel. Então surge uma emergente indústria rodoviária com abertura de estradas, o advento da pavimentação, o próprio automóvel e o trem vai perdendo sua importância. A ferrovia, então, começa a ter problemas, até ficar órfã.
Mas as situações de declínio vividas pela E.F.A. não foram um privilégio desta empresa. No estado, outras ferrovias vinham experimentando, desde o nascedouro, as sua crises. Tínhamos estradas, que atuavam, principalmente no Interior, de grande importância. Paralelamente, ao funcionamento da E.F.A., também, percorriam trilhos à procura da produção agrícola, os trens da E.F.S. – ESTRADA DE FERRO SOROCABANA E.F.N. – ESTRADA DE FERRO NOROESTE (a mais extensa) a E.F.M. – ESTRADA DE FERRO MOGIANA e a C.P. – COMPANHIA PAULISTA DE ESTRADA DE FERRO, que ligava a Capital ao Interior. Todas estas ferrovias tinham a efetiva participação de capital governamental para o seu funcionamento. Foi aí que nasceu uma ideia. Estatizar, completamente, todo o sistema já existente, englobando todas as ferrovias regionais em uma só, administrada e dirigida pelo governo do estado. Foi assim que, no início da década de 1970, nasceu a FEPASA – FERROVIAS PAULISTAS SOCIEDADE ANÔNIMA.
 
ORIGEM DO NOME
A origem do nome de Santa Ernestina foi uma homenagem à Dona ERNESTINA, esposa do senhor Carlos Leôncio Magalhães, um dos grandes fazendeiros da região e cujo nome está ligado à Fundação da Estrada de Ferro Araraquara, depois FEPASA.
Gentílico: Ernestinenses
 
Fonte: Texto extraído da Obra “Quando Santa Ernestina era Vila”
Autor: Professor João de Almeida Rollo
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